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Storytelling: 5 dicas para criar uma narrativa de sucesso

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Contar sua história é uma forma de organizar suas memórias e aprendizados e reconhecer o poder do seu storytelling é um caminho para o autoconhecimento.

Antes de virar arte, contar histórias fez parte do desenvolvimento humano e como nos estabelecemos por aqui. Seja para ensinar ou para entreter, para imaginar o que ainda não existe ou replicar o que já existiu, o uso da linguagem organizada, é exclusivo da espécie humana e é fundamental para a nossa evolução. Assim, suas ideias quando organizadas, formam o storytelling que se materializa na imaginação do próximo.

Segundo historiadores, a linguagem aparece na evolução do Homo Sapiens em torno de 100 mil anos atrás. Desde então, serviu como apoio para construção de confiança e comunidades. Com o passar dos anos promover o próprio storytelling ganhou enorme importância social, porém ainda não é natural a maioria. Por isso, compartilhamos caminhos para contar sua história e gerar interesse autêntico em sua audiência.

1. Divida seu storytelling em atos

storytelling carolina massiere

Não importa qual seja sua história, irrelevante ou muito emocionante, para ser atraente, ela precisa estar dividida em atos. Além de facilitar a organização das suas ideias, essa também é uma forma de manter quem está ouvindo engajado.

No primeiro ato você pode apresentar os personagens, o universo em torno desses personagens, a contextualização da história e também introduz um ponto de questionamento, que irá motivar o ouvinte a continuar prestando atenção.

O segundo ato é o desenvolvimento do conflito inicial e no terceiro ato a resolução e junção de todas as ideias.

2. Construção do personagem e seu mundo

Antes de iniciar seu roteiro, se questione: o que faltam nas produções atuais e que só você  pode contar?

storytelling personagem

A resposta dessa pergunta, aponta para sua conexão emocional com a história que será contada e estabelece reciprocidade entre vocês. Quando o storytelling é sua história pessoal, não tenha medo de expor a singularidade das experiências que viveu.  Ou seja, o que essa história significa para você é o que irá conectar as pessoas a ela. Simultaneamente, pense no maior desejo do seu personagem, nos desejos do subconsciente, necessidades emocionais, sofrimentos internos e externos, traumas, defeitos e qualidades. 

A soma disso deve valer a atenção da sua audiência por muitos capítulos ou horas e justificar a corrida pelo baú de ouro no final do arco íris do seu personagem. Por isso, quanto mais obstáculos, pessoas e situações para superar, melhor.

O resultado é a construção de um mundo para o seu personagem com esteriótipos bem marcados que irão facilitar a empatia de quem ouve. 

3. Conflito

O segundo ato é focado no desenvolvimento do conflito, que será o fio condutor do tema que você escolheu para contar. 

storytelling conflito

Para isso, olhe para sua história e assuma a importância dela. Relembre os momentos chaves que te trouxeram até onde você está e como escolhas antigas contribuíram para essa jornada.  Aqui, é importante se atentar para padrões em sua vida, sua complexidade e conflitos internos, momentos emocionantes, escolhas decisivas e ressaltar como eles se relacionam entre si. Questione quais foram os motivos que te levaram a tomar certas decisões, escolher caminhos ou ignorar sinais, por exemplo. O ponto comum dessa análise irá refletir o objetivo principal da sua vida.

“Você precisa saber o que acende sua própria faísca, para poder iluminar o mundo.”

— Oprah Winfrey

4. Dramatização

Já a junção desse objetivo principal com o obstáculo é que irá gerar a tensão durante a história e a dramatização necessária para envolver a audiência. Nesta etapa, será desenvolvida a esperança de que você irá atingir seu objetivo inicial em contraste com os desafios que você está encontrando e o medo deles não serem solucionados.

storytelling dramatização

Ou seja, aqui é uma ótima oportunidade de humanizar sua história. É importante olhar para nosso ponto fraco e erros que cometemos durante nossa história. Além disso, apontar como cada uma dessas situações está ligada ao conflito inicial escolhido.

“Nós estamos tentando impor a ordem da estrutura de uma história no caos que é a existência.”
– Jonathan Gottschall 

Simultaneamente, é possível explorar o movimento psicológico da sua história. Além do objetivo externo, o objetivo interno é igualmente importante. E nesse caso, conflito do personagem é o que torna a história única e interessante.  Superação de crenças limitantes, traumas, desenvolvimento da maturidade, são exemplos de conflitos internos humanos. 

Normalmente, não temos conhecimento do que precisamos ou desejamos trabalhar como objetivo interno enquanto vivemos a história. Mesmo assim, ele existe em toda jornada. Assim, a forma que escolhemos para alcançarmos nossos objetivos, apesar de todos os conflitos internos, é onde mora a potência da sua narrativa.

5. Climax

É hora de encontrar o ponto de virada da sua história. Esse é o ponto em que o personagem parte para um momento decisivo, que resolve aquele conflito inicial e resulta em aprendizado para a audiência.

storytelling carolina massiere

Esse é o ponto mais importante da sua história e pode ser positivo ou negativo. As narrativas de distopia apocalíptica, por exemplo, que parecem ter dominado o cinema com teorias de como será o futuro da humanidade, se comportam como ponto de virada tanto para a vitória da espécie humana, quanto para a derrota e extinção.

Ou seja, aqui é uma ótima oportunidade de humanizar sua história. É importante olhar para nosso ponto fraco e erros que cometemos durante nossa história. Além disso, apontar como cada uma dessas situações está ligada ao conflito inicial escolhido.

Ou seja, seu storytelling não está pronto. Contar uma história sobre algo que passou também é flexível. Como você desenha sua trajetória é que dita o ponto de virada da sua narrativa e precisa seguir a lógica da impressão dominante sobre o personagem. 

Por isso, lembre-se de resolver os conflitos internos e psicológicos do seu personagem. Esse é o momento em que você terá clareza como tudo aquilo que viveu, contribuiu para sua evolução. Desta forma, a audiência irá se sentir confortável e próximo ao que você viveu. Além de aprender uma lição valiosa com tudo que passou.

É interessante lembrar que vivemos vários aprendizados em uma mesma existência. Portanto, se seu personagem for bem construído e o cenário em torno for interessante e relevante, não esqueça de deixar claro que ainda existem pontos a serem trabalhados nesta jornada. É assim que os filmes originais garantem suas sequências e as séries muitas temporadas.

Mundo da imaginação e storytelling

storytelling e mundo da imaginação

A faculdade da imaginação é o ponto de partida para inovações históricas e o desenvolvimento humano. Do mesmo modo, a capacidade humana de simular o que o futuro pode ser, faz com que cientistas busquem respostas, levantem hipóteses e encontrem soluções. Por isso, construir e contar histórias é parte de um processo de organização de ideias e libertar sua imaginação enquanto escreve é crucial para encontrar o caminho da sua história. 

Cineastas como Greta Geriwng, a diretora do filme da Barbie, acreditam que o storytelling é um movimento natural ao ser humano. Ela defende que nascemos com a habilidade de estruturar pensamentos por meio da linguagem e por isso contar histórias é tão cativante.

Além disso, a base da cooperação humana é acreditar na história que o seu companheiro te contou. Vivemos simulando o que pode ser, falando sobre o que já foi e planejando o futuro, por meio de histórias.

Tudo isso, nos transforma em uma comunidade única global movida pela próxima história. Se quiser mais dicas sobre como explorar melhor sua criatividade acesse nosso artigo 7 maneiras de estimular sua criatividade.

Beijos da Be.

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