Saiba como as redes sociais, como Facebook, Instagram e TikTok, estão se adaptando para o futuro do mercado de conteúdo. Os caminhos indicam o poder do vídeo inclusive para empresas que transformam a rotina do negócio em conteúdo valioso.
Todo início de ano é tempo de olhar com atenção para os caminhos do próximo ano e conferir se nosso plano de ação realmente faz sentido. Serve para vida, relacionamentos, saúde e negócios, há sempre sinais que podem nos salvar um bom tempo. Para nós, que trabalhamos com informação, explorar o futuro do mercado de conteúdo, não só sinaliza tendências, mas também desperta esperança para criação de um ambiente digital mais saudável e democrático.
Jiaona Zhang, Diretora de Produto (CPO) do Linketree, terá uma palestra no painel Attention is a Valuable Currency no SXSW 2024. Em uma entrevista recente, Jiaona destacou que a chave para decifrar o mercado digital é a comunicação. Falar e ser entendido, primeiro pelo seu time, seguido pelo cliente é o segredo para criar produtos e serviços que retém a atenção da audiência, a principal moeda de troca dos dias atuais. Nesse sentido, a seguir vamos explorar as principais movimentações do mercado de conteúdo online para 2024, .
Mídias Sociais
O fim das redes sociais já é papo antigo e não há dúvidas de que do jeito que está, não dá para ficar. Os sinais se intensificaram em 2023 e o público só pensa em reduzir a atenção empregada nessas plataformas. Pensando nisso, as principais empresas do ramo estão preparando algumas mudanças para esse ano.
Acompanhe as novidades para adaptar sua estratégia de conteúdo e marketing e aproveitar oportunidades relevantes.
1. Facebook:
Ele ainda é a mídia social mais utilizada ao redor do mundo e por isso a empresa não quer abdicar da grande audiência e está promovendo algumas mudanças.
- Foco em mensagens, incentivando o compartilhamento de atualizações em grupos privados;
- O reel continua em alta e a rede vai priorizar a exibição e criação de produtos publicitários para Reels.
- A inteligência artificial (IA) terá destaque, com a expansão do “Advantage Detailed Targeting”, que possibilita ao anunciante mais eficácia ao delimitar objetivos de campanha.
2. Instagram:
- Reels continua sendo destaque;
- A função “Notes” na caixa de entrada ganha espaço, especialmente entre usuários mais jovens.
- O aplicativo “Threads” está crescendo e já se mostra como um espaço de oportunidades de conexão e divulgação.
3. X:
- A plataforma X, de Elon Musk, é considerada imprevisível;
- As assinaturas Premium podem ser interessante para anunciantes;
- Com a saída de grandes anunciantes, quem fica tem espaço para maior alcance, basta sabe se sua audiência decidiu ficar.
4. Tiktok:
- A plataforma continuará a impulsionar as vendas dentro do aplicativo;
- Foco nas transmissões ao vivo como uma estratégia de engajamento;
- Incentivo a parcerias entre marcas e criadores para melhorar a qualidade do conteúdo.
5. LinkedIn:
- Crescimento nas opções de newsletters no aplicativo;
- Artigos colaborativos impulsionados por IA se tornam um dos principais impulsionadores de tráfego;
- Maior presença de vídeo e eventos, proporcionando oportunidades para marcas.
6. Pinterest:
- Ótima opção atraente para varejistas, pois melhorias na ingestão de catálogos facilitam a exposição de produtos;
- Introdução de novos tipos de anúncios, como “Showcase ads” e “Quiz ads”;
- Ênfase em colagens criativas para destacar produtos.
A onda é reaproveitar
Um dos desafios do mercado de conteúdo é manter a criatividade e autenticidade, oferecendo sempre conteúdo original para a audiência. Mas, segundo um relatório publicado pela Adobe, é possível conquistar bons números de engajamento reaproveitando conteúdo.
A tendência, adotada por pequenas empresas, propõe reutilizar aquele conteúdo com boa performance como estratégia de engajamento.
Dentre as principais vantagens de fazê-lo estão:
- Economia de tempo (54%);
- Reforço de palavras-chave de SEO e maior acessos ao site;
- Maior visibilidade de marca (52%) e engajamento da audiência (45%)
Para escolher o conteúdo:
- Identifique os tópicos de melhor performance com a sua audiência;
- Segundo o estudo, 1 em cada 6 proprietários de pequenas empresas usa inteligência artificial (IA), com ferramentas como Adobe Express para fazer o reaproveitamento.
Como reaproveitar:
- Edite vídeos longos em reels;
- Transforme textos em vídeos;
- Se o tema foi para o hype novamente e o conteúdo ainda estiver atualizado, republique na íntegra;
- Transforme blogs posts em gráficos;
- Nunca copie e cole o conteúdo. Cada rede social tem particularidades na forma de se comunicar, por isso, adapte o conteúdo conforme a necessidade.
Quando seu negócio vira conteúdo e produto audiovisual
Na mesma onda de reaproveitar o conteúdo está o modelo de negócio do Estate Real. O case da empresa será tema de uma das palestras do SXSW 2024 e chama atenção por transformar o trabalho dos corretores imobiliários dos EUA em conteúdo valioso para podcasts, redes sociais e vídeos.
O interesse do público por Real Estate, mundo dos corretores, não é exatamente novo. Canais de streaming como a Netflix, por exemplo, tem diversos realities shows contando de negócios milionários dos corretores.
Atentos a movimentação, os criadores do Estate Real, Josh Flagg, Griff O’Brien, Andrew Shanfeld perceberam como a indústria conquista atenção do público americano e transformaram informação de negócio em entretenimento. Os criadores acreditam que há um mercado inexplorado para conteúdo divertido, autêntico e educacional tanto para profissionais quanto para fãs.
Simultaneamente, conforme a audiência cresce, a Estate Media atraí anunciantes oferecendo oportunidades de conteúdo patrocinado, integrações em mídias sociais, anúncios personalizados e eventos virtuais e presenciais. Além disso, a coleta de dados é ativa por meio de pesquisas e quizzes.
Já imaginou documentar sua rotina de trabalho para produzir um Reality Show?
É tudo sobre vídeo
Segundo um estudo publicado pela GetMuch 85% dos usuários preferem vídeos de até 15 segundos de duração e investir em conteúdo de vídeo não é mais uma opção para 2024. A receita de publicidade em vídeos curtos está prevista para ultrapassar os US$ 10 bilhões e eles recebem 2,5 vezes mais engajamento do que vídeos longos.
Outro highlight do estudo é que os vídeos são amplamente adotados em diversas indústrias, no entanto, as empresas enfrentam desafios de restrição de tempo e complexidade na criação dos vídeos que estejam de acordo com o desenvolvimento efetivo de estratégias de marketing.
Para se adequar ao mercado, a sugestão é adotar uma presença digital centrada em vídeo, otimizando o conteúdo para várias plataformas e utilizando storytelling emocional para reconhecimento de marca.
“Laboratório de conteúdo” – BBC e TikTok
O jornalismo é um exemplo de indústria que está entrando com tudo na onda dos vídeos curtos e virais. Nem a linguagem formal da indústria foi um empecilho para tal adequação, visto que diversos canais como G1 e Folha de São Paulo já produzem chamadas de vídeos curtas pelas redes.
A parceria da BBC com o TikTok no último ano formaliza a movimentação do mercado. O projeto convidou 100 criadores de conteúdo social e digital interessados em seguir uma carreira na televisão a participarem de sessões presenciais conduzidas pela BBC. Os participantes receberam ferramentas para impulsionar sua presença nas redes sociais e construir suas carreiras na mídia, com insights do TikTok. Do lado da BBC, a iniciativa destaca novos talentos, proporcionando oportunidades de colaboração e aprendizado sobre as práticas recomendadas nas áreas de mídia social e televisão. O famoso ganha/ganha.
O combo de sucesso, vídeo e autenticidade
As movimentações das empresas apontam que o futuro do mercado de conteúdo é baseado em vídeo. Então, seja reaproveitando seu conteúdo de texto e transformando em vídeo ou documentando as particularidades do seu trabalho, contar uma história autêntica precisa estar na sua agenda para 2024.
A atenção do público é a moeda mais valiosa, e para conquistá-la, ressaltamos, mais uma vez, que quem precisa contar as histórias somos nós. Desta forma, engajamos em um storytelling emocional capaz de prosperar nesse ambiente digital dinâmico e competitivo.
Beijos da Be.