Como a criatividade e conexões emocionais sólidas se entrelaçam para promover a felicidade, permitindo encontrar sua própria fórmula para uma vida mais feliz.
Já falamos sobre criatividade algumas vezes por aqui. Também já trouxemos diversos insights sobre a importância das conexões reais para uma vida com mais plenitude. A verdade é que se analisarmos os conceitos unidos temos a chance de elaborar soluções mais humanas para nossas emoções e com isso estimular uma vida mais feliz. Entenda onde os conceitos se encontram e como explorar as oportunidades rumo a felicidade.
Nada é por acaso
A criatividade é uma qualidade aprimorável a medida que nos permitimos desfrutar da liberdade de expressarmos nossa alma e abraçarmos o desconhecido. Por isso, a manifestação de uma ideia criativa precisa de um olhar generoso sobre si mesmo e abertura para apaixonar-se diariamente pelos caminhos que levam as novas ideias.
Do mesmo modo, conexões emocionais sólidas encontram espaço para florescer quando agimos com autenticidade com nossos pares e acolhemos as diferenças. Aqui, o olhar generoso é para o outro e ele resulta também da autoconfiança exaltada por nossa expressão criativa.
A união dos dois conceitos, criatividade e conexão emocional, é um dos caminhos que deságuam na tão desejada felicidade. De um lado, a criar nos ajuda a expressar nossas ideias, elaborar nossas frustrações e tristezas, aumentando nossa autoconfiança. Do outro, conexões emocionais fortalecem nossa fé na vida e nos protegem quando precisamos de apoio e incentivo. Ou seja, nada é por acaso.
Se tudo é emoção, é também conexão e criatividade
Assim, na busca incansável para encontrar o caminho da felicidade, um estudo de Harvard parece ter descoberto um caminho sólido e um tanto quanto simples. Após acompanhar centenas de homens por 85 anos de suas vidas, o estudo analisou quantitativa e qualitativamente o que de fato fazia esses homens mais felizes.
A descoberta mais importante é que a chave para uma vida feliz não é dinheiro ou fama e sim relacionamentos de qualidade. Ou seja, não interessa se você tem 10 amigos, mas não pode contar com nenhum deles. Assim, uma ou duas conexões verdadeiras são suficientes.
Outras descobertas incluem, investir seu tempo em um trabalho com propósito, que encontre seus valores pessoais, cuidar da saúde física e por fim, entender que não existe idade certa para ser feliz. Diversos participantes disseram que foram mais felizes ao atingirem maturidade e procurarem intencionalmente por ações que os deixassem mais felizes.
Ainda que conexões emocionais de qualidade sejam a descoberta principal do estudo, boa parte dos outros aspectos estão ligados ao autoconhecimento. Assim, a busca pela felicidade começa por nós mesmos ao entendermos o que desejamos. Desta forma, nos expressarmos com assertividade, cuidarmos da nossa saúde, vida financeira e trabalho. Acima de tudo, criamos base sólidas para nós e para oferecer suporte aos outros, da mesma forma que o outro poderá nos oferecer suporte a partir de suas bases sólidas. As conexões que criamos exercem o papel de apoio para maior prosperidade em nossas vidas. Confira nossas dicas de como usar suas emoções e criatividade em prol da felicidade.
1. Primeiro passo: O estado de flow para conexões melhores
A “teoria do flow” compartilhada pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihaly sustenta a ligação da felicidade com funções criativas. O conceito é descrito como um estado meditativo em que uma pessoa está totalmente absorvida em um trabalho que considera significativo e gratificante.
Ele observa esse fenômeno enquanto estuda o estado emocional de artistas, músicos, cientistas e outros indivíduos criativos. Eles relataram experimentar estados de “êxtase”, contentamento e alegria pura quando estão completamente concentrados em seu trabalho. Quando imersos nesse universo, eles esquecem de si e das preocupações cotidianas.
Assim, Mihaly defende que ao encontrar atividades criativas que tragam realização e harmonia consigo mesmo, você experimenta o estado de “flow”, independente dos acontecimentos externos. E a partir de uma melhor conexão íntima é possível expandir suas conexões exteriores.
2. Segundo passo: criatividade, na prática
Uma vida criativa recebe abertamente novos arranjos e se mantém resiliente ao encontrar dificuldades. Assim, com uma dose de ingenuidade somada à curiosidade, as tentativas que te levam a inovação se apresentam como possibilidades para construir o seu mundo.
Acima de tudo, quando pensamos em prática no mundo contemporâneo, entendemos que a busca pelo estado de flow ou pela criatividade é proposital. Autocuidado, consumo de bom conteúdo, rodear sua vida de boas relações e inspirações, cuidar da saúde, se alimentar bem e acima de tudo observar quando suas melhores ideias aparecem. O resto é trabalho duro de lapidar essa energia criativa que corre livre quando permitimos e organizar nossa rotina para tirar o melhor proveito dela.
Quando o assunto é ser feliz, não há modelo a ser seguido, nem receita pronta. Existem diversas possibilidades de um caminho que faça sentido para cada um de nós. E é aqui que a criatividade entra, pois ela nos permite estabelecer essa forma de vida baseada em nossos valores e não em exemplos de felicidade vendidos nas telas das redes.
3. Terceiro passo: Moodboard, visualizando seu caleidoscópio
É possível entender como a sensação de estar com pessoas revisitando experiências de vida em um álbum de fotos é tão prazerosa. Afinal, esse álbum materializa ciclos que se iniciam e se fecham em nossas vidas, nos fazendo lembrar que estamos vivos, quantas coisas boas e ruins nos acontecem, quantas superações e quantos aprendizados fomos capazes de adquirir ao longo do tempo. Este é o sentimento que denominamos nostalgia.
Assim, o moodboard consiste em materializar nossos sentimentos em um caleidoscópio de fotos, imagens e materiais. Estes materiais, quando dispostos juntos, se conectam a uma ideia central. Desta forma, criam uma estética comum e contam uma história para quem consome que muitas vezes não caberiam em palavras. O processo inclui mergulhar em projetos com estéticas inspiradoras para que o resultado seja um mosaico que transmita uma visão de vida e uma sensação, criando uma conexão emocional.
Essa estratégia, tão utilizada por criadores e artistas para comunicar uma ideia, uma sensação e fortalecer a estética das produções, também deve ser usada na sua vida pessoal na tentativa de materializar as sensações que você busca no seu momento presente se apoiando em imagens que foram constituindo suas bases no passado.
Seja, revisitando fotos, cultivando amizades verdadeiras ou trabalhando em um projeto inspirador, emoções positivas estão intrinsecamente ligadas à criatividade, ao bem-estar subjetivo que leva a felicidade e por fim, ao reconhecimento do seu processo.
Quando entendemos a importância de manter um estado emocional positivo, buscar atividades criativas significativas, cultivar relacionamentos autênticos, e reconhecer o caminho que estamos pavimentando, temos então a nossa própria fórmula para uma vida mais feliz.
Beijos da Be.